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Convento de Santa Clara

26 de Maio, 2023

Mandado edificar por D. Afonso III, em 1258, para acolher as virgens da nobreza que queriam seguir as pegadas de Clara de Assis, fundadora da Ordem das Clarissas, o Convento de Santa Clara tornou-se o símbolo maior da arquitectura gótica de Santarém. O facto de Clara de Assis ter sido discípula de S. Francisco esteve na origem do insólito episódio que ali veio a ocorrer dois seculos e meio depois. No ano de 1517, os franciscanos tomaram de assalto o convento, expulsaram a Abadessa Beatriz Meneses e entregaram o báculo do poder a uma das nove freiras clarissas arregimentadas em Lisboa.
Dotado de oitenta espaços de reclusão, o grandioso edifício de três extensas naves, com altas colunas e dois claustros, possuía torre sineira e cinco capelas. A decorar a fachada, estava uma grande rosácea octogonal, com as armas reais.
As remodelações ali operadas no séc. XVII alteraram-lhe a forma e a volumetria. Possui agora três naves de oito tramos, suportadas por altas colunas góticas, decoradas com fresco e capiteis lavrados.
Encerrado definitivamente em 1902, o edifício iniciou um período de declínio que terminou em ruina, só invertida a partir de 1934, quando foi iniciada a sua recuperação. No decurso dessas obras perdeu-se o retábulo quinhentista de Diogo de Contreiras, o cadeiral do coro, os elementos barrocos e um claustro quinhentista. Ainda assim, resistiram ao tempo peças valiosas, como a tela da Anunciação, as pinturas e frescos do século XVII e os nichos renascentistas, com imagens franciscanas.

Túmulo de Leonor Afonso

O túmulo de D. Leonor Afonso, filha bastarda de Afonso III, uma das primeiras noviças a ingressar no convento em 1265, é um dos pontos de interesse da Igreja de Santa Clara. A arca funerária, decorada com esculturas alusivas à sua de vida e baixos-relevos com figuras religiosas, foi esculpida com a intenção de atribuir uma auréola de santidade à fidalga. Para isso muit0 contribui a luz que penetra pela rosácea do final da neve central de 72 metros, que incide sobre o túmulo.
D. Leonor Afonso permaneceu pouco tempo em clausura, fugindo dali para escapar à peste que grassava em Santarém. Casou depois, não uma mas duas vezes: a primeira com D. Estêvão Anes de Sousa, Senhor de Pedrogão; e a segunda com D. Gonçalo Garcia de Sousa, Alferes-Mor do Reino, não tendo tido filhos de nenhum deles. Regressada a Santarém, onde viveu a maior parte do tempo, aqui morreu a 26 de Fevereiro de 1291, sendo sepultada na Igreja.
O sarcófago, construído mais de trinta anos depois da sua morte, por vontade de seu meio-irmão D. Dinis, só foi descoberto na década de 30 do século XX, no decorrer das obras de restauro.
Durante todo o reinado de D. Dinis, a Igreja beneficiou da protecção da coroa, por iniciativa não só do rei mas também da Rainha Santa Isabel, sua mulher. Foram as doações reais que fizeram dele o maior templo gótico da cidade.
As remodelações ali operadas ao longo dos séculos, para reparar os estragos provocados por incêndios terramotos e conflitos armados, alteraram a fisionomia do templo, que hoje se assemelha mais uma obra setecentista.


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