Segundo quartel do século XVII
Viajando de La Rochelle para Lisboa, a rainha de Portugal, casada por procuração com o rei D. Afonso VI, é escoltada por armada francesa, para a sua aclamação na capital.
Mas devido aos confrontos com França pelos domínios ultramarinos, Espanha tenta opor-se fortemente e envia armada a partir de Cádis comandada por D. Diego de Ybarra, para tentar barrar-lhe a entrada em Lisboa, por alturas do arquipélago das Berlengas.
No ataque da armada espanhola ao forte de S. João Baptista, implantado num ilhéu tido como inexpugnável, depara-se-lhe uma resistência heroica da guarnição portuguesa, composta por 28 militares a cumprir penas, comandados pelo cabo Alevar Pessoa.
A sua bravura é tal que só é tomada por traição, não antes de terem inflingido pesadas baixas e afundado vários navios espanhóis.
A guarnição portuguesa é por fim aprisionada e o forte destruído, mas o traidor, Lucas Alves, consegue salvar-se e dá à costa, fugindo incógnito pelo país até atingir um couto na Galiza onde julga ficar a salvo. É também a história rocambolesca dessa fuga.